Dá-me amor

  Dá-me amor como se o amanhã fosse incerto ou o mundo acabasse. Tenho acordado sozinho todas as manhãs, que são infinitas sem ti. Sinto falta até das tuas lágrimas a correr pelo meu pescoço, quando víamos filmes no sofá.
  Talvez te ligue hoje à noite. Talvez te ligue quando houver mais álcool nas minhas veias do que sangue. Se assim for, não te zangues, porque só te quero abraçar.
  Dá-me o teu tempo, ou então queima as nossas memórias como se fossem papel. Dá-me um vislumbre teu, ou então continuaremos a jogar a este jogo das escondidas. Não somos crianças, infelizmente. Só quero sentir o sabor dos teus lábios e poder dizer que és outra vez minha, minha, minha, minha!
  Dá-me amor, sem ter de te pedir por favor. Dá-me o teu amor como nunca o deste antes. Sei que passou  muito tempo, mas sinto o mesmo amor desde o dia em que dançámos naquele baile enfadonho, que se tornou o melhor do mundo, no momento em que me deste o teu olhar. Eu sei que te dei muitas pisadelas, mas curei-as com o meu carinho.
  Dá-me amor! Eu sei que não te esqueceste das noites em que me acordavas com os teus sonhos ridículos, que tanto gostavas de me contar, pois tens aquela superstição esquisita de que se não o fizeres, o sonho realiza-se. Quem me dera, pois sonho contigo todas as noites. Eu esqueci alguns dos teus sonhos, porque admito que na maior parte das vezes olhava para os teus lábios e não para as tuas palavras.
  Dá-me amor!
  Ou, talvez, te deva deixar ir...
  Só te quero abraçar e sentir-te outra vez minha, minha, minha, minha! Oh, dá-me amor!

Baseado na música: Give me Love, de Ed Sheeran

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