Isto sim, um verdadeiro Dilema...

Hoje, para variar, não tive aula de educação física e a minha turma começou a fazer uma espécie de jogo mental para aproveitar o tempo, em que colocava duas hipóteses (um dilema) e cada pessoa dizia qual delas iria escolher se se visse confrontada com tal dilema. Para perceberem melhor, dou-vos um exemplo dado por uma colega minha:

"-Imaginem que vocês têm dois filhos: um menino de oito anos e uma bebé de poucos meses. São uma família judaica e estão prestes a entrar nas câmaras de gás. O guarda nazi interroga-vos quando estão na fila e diz:

-Tem de escolher entre os seus dois filhos. Um, terá de morrer ao entrar na câmara, e o outro pode sair do campo e nunca mais cá voltará."

Este dilema é verídico e aconteceu num campo de concentração nazi. Não sabia como iria reagir nem o que fazer! Por um lado, acho traumatizante para o menino de oito anos ouvir a mãe dizer que escolhe salvar a sua irmã mais nova enquanto ele teria de morrer. 

Por outro, uma bebé tão pequena tem a sua vida pela frente, assim como o irmão,está claro. É certo que se a bebé saísse do campo teria mínimas hipóteses de sobreviver, precisaria de alguém para tomar conta dela. Poderia morrer das duas formas(saindo ou não do campo) e, sendo bebé, quando crescesse não teria tão presente as memórias daquela situação. 

A mãe em questão escolheu salvar o menino e matar a bebé. Eu acho que também escolheria assim. O rapaz pode ficar traumatizado na mesma, é claro, mas ou menos não morreu com a pensar que a mãe preferira a bebé em vez dele. Como sabemos, as crianças com esta idade não conseguem ter, por vezes, um pensamento tão racional como um adulto e poderia não lidar bem com a situação, enquanto a irmã com tão pouco meses, não conseguiria saber o que se estava a passar, e sofreria menos antecipadamente.

É, de facto, um dilema desumano que nos lembra os horrores passados na 2º Grande Guerra Mundial e éramos obrigados escolher, não nos deixando uma escolha um pouco mais positiva. Porque filho é filho, seja ele bebé ou não... Mas as escolha teve de ser feita. E vocês, conseguiriam colocar-se no lugar da mãe? Fariam a mesma escolha?